quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Di Cavalcanti



Texto: Wikipédia


Emiliano Augusto Cavalcanti de Albuquerque e Melo nasceu no Rio de Janeiro no dia 6 de setembro de 1897, na na casa de José do Patrocínio, que era casado com uma tia do futuro pintor.

Quando seu pai morreu em 1914, Di Cavalcanti, como o pintor ficaria mais conhecido, obriga-se a trabalhar e faz ilustrações para a revista Fon-Fon. Antes que os trepidantes anos 20 se inaugurem, vamos encontrá-lo estudando Direito. Em1916, transferindo-se para São Paulo, ingressa na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco. Segue fazendo ilustrações e começa a pintar. O jovem Di Cavalcanti frequenta o atelier do impressionista George Fischer Elpons e torna-se amigo de Mário e Oswald de Andrade. Em 1921 casa-se com Maria, filha de um primo-irmão de seu pai.


Entre 11 e 18 de fevereiro de 1922 idealiza e organiza a Semana de Arte Moderna no Teatro Municipal de São Paulo, criando para essa ocasião as peças promocionais do evento: catálogo e programa.


Faz sua primeira viagem à Europa em 1923, permanecendo em Paris até 1925. Frequenta a Academia Ranson. Expõe em diversas cidades: Londres, Berlim, Bruxelas, Amsterdã e Paris. ConhecePicasso, Léger, Matisse, Eric Satie, Jean Cocteau e outros intelectuais franceses.


Retorna ao Brasil em 1926 e ingressa no Partido Comunista. Segue fazendo ilustrações. Faz nova viagem a Paris e cria os painéis de decoração do Teatro João Caetano no Rio de Janeiro.


Os anos 30 encontram um Di Cavalcanti imerso em dúvidas quanto à sua liberdade como homem, artista e dogmas partidários. Inicia suas participações em exposições coletivas, salões nacionais e internacionais como a International Art Center em Nova Iorque. Em 1932, funda em São Paulo, com Flávio de Carvalho, Antonio Gomide e Carlos Prado, o Clube dos Artistas Modernos. Sofre sua primeira prisão em 1932 durante a Revolução Paulista. Casa-se com a pintora Noêmia Mourão. Publica o álbum A Realidade Brasileira, série de doze desenhos satirizando o militarismo da época. Em Paris, em 1938, trabalha na rádio Diffusion Française nas emissões Paris Mondial. Viaja ao Recife e Lisboa onde expõe no salão “O Século”; ao retornar é preso novamente no Rio de Janeiro. Em 1936 esconde-se na Ilha de Paquetá e é preso com Noêmia. Libertado por amigos, segue para Paris, lá permanecendo até 1940. Em 1937 recebe medalha de ouro com a decoração do Pavilhão da Companhia Franco-Brasileira, na Exposição de Arte Técnica, em Paris.


Com a iminência da Segunda Guerra deixa Paris e retorna ao Brasil, fixando-se em São Paulo. Um lote de mais de quarenta obras despachadas da Europa não chegam ao destino, extraviando-se. Passa a combater abertamente o abstracionismo através de conferências e artigos. Viaja para o Uruguai e Argentina, expondo em Buenos Aires. Conhece Zuília, que se torna uma de suas modelos preferidas. Em 1946 retorna a Paris em busca dos quadros desaparecidos; nesse mesmo ano expõe no Rio de Janeiro, na Associação Brasileira de Imprensa. Ilustra livros de Vinícius de Morais,Álvares de Azevedo e Jorge Amado. Em 1947 entra em crise com Noêmia Mourão - "uma personalidade que se basta, uma artista, e de temperamento muito complicado…". Participa com Anita Malfatti e Lasar Segall do júri de premiação de pintura do Grupo dos 19. Segue criticando o abstracionismo. Expõe na Cidade do México em 1949.


É convidado e participa da I Bienal de São Paulo, 1951. Faz uma doação generosa ao Museu de Arte Moderna de São Paulo, constituída de mais de quinhentos desenhos. Beryl passa a ser sua companheira. Nega-se a participar da Bienal de Veneza. Recebe a láurea de melhor pintor nacional na II Bienal de São Paulo, prêmio dividido com Alfredo Volpi.


Em 1954 o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro realiza exposição retrospectiva de seus trabalhos. Faz novas exposições na Bacia do Prata, retornando a Montevidéu e Buenos Aires. PublicaViagem de minha vida. 1956 é o ano de sua participação na Bienal de Veneza e recebe o I Prêmio da Mostra Internacional de Arte Sacra de Trieste. Adota Elizabeth, filha de Beryl. Seus trabalhos fazem parte de exposição itinerante por países europeus. Recebe proposta de Oscar Niemeyer para a criação de imagens para tapeçaria a ser instalada no Palácio da Alvorada; também pinta as estações para a Via-sacra da catedral de Brasília.

Ganha Sala Especial na Bienal Interamericana do México, recebendo Medalha de Ouro. Torna-se artista exclusivo da Petite Galerie, Rio de Janeiro. Viaja a Paris e Moscou. Participa da Exposição de Maio, em Paris, com a tela Tempestade. Participa com Sala Especial na VII Bienal de São Paulo. Recebe indicação do presidente João Goulart para ser adido cultural na França, embarca para Paris e não assume por causa do golpe de 1964. Vive em Paris com Ivete Bahia Rocha, apelidada de Divina. Lança novo livro, Reminiscências líricas de um perfeito carioca e desenha jóias para Lucien Joaillier. Em 1966 seus trabalhos desaparecidos no início da década de 40 são localizados nos porões da Embaixada brasileira. Candidata-se a uma vaga na Academia Brasileira de Letras, mas não se elege. Seu cinquentenário artístico é comemorado.

A modelo Marina Montini é a musa da década de 70. Em 1971 o Museu de Arte Moderna de São Paulo organiza retrospectiva de sua obra e recebe prêmio da Associação Brasileira dos Críticos de Arte. Comemora seus 75 anos no Rio de Janeiro, em seu apartamento do Catete. A Universidade Federal da Bahia outorga-lhe o título de Doutor Honoris Causa. Faz exposição de obras recentes na Bolsa de Arte e sua pintura Cinco Moças de Guaratinguetá é reproduzida em selo. Falece no Rio de Janeiro em 26 de Outubro de 1976.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

André Valli

Texto: Gustavo do Carmo

Registrado com o nome de Joaquim dos Santos Bonifácio, o ator André Valli nasceu no Recife no dia 12 de julho de 1945. Aos 22 estreou na peça Roda Viva, de Chico Buarque, em 1965. Foi destaque nos filmes O Vampiro de Copacabana e O Casamento, ambos em 1976.

Na televisão estreou na novela O Cafona, de 1971. Participou também de Escrava Isaura (1976), mas foi interpretando o Visconde do Sítio do Picapau Amarelo, na adaptação da obra de Monteiro Lobato pela Rede Globo entre 1977 e 1986, que ele ficou mais conhecido. Logo depois atuou no remake de Selva de Pedra, vivendo o mesmo personagem da primeira versão de 1972. Seus últimos papéis na Globo foram em Laços de Família (2000) e Senhora do Destino (2004). O derradeiro em Hoje É Dia de Maria (2005). Em 2006 foi para a Record, onde atuou nas novelas Cidadão Brasileiro e Vidas Opostas. Seu último trabalho foi em Zorra Total, de volta à Globo, em 2007.

André Valli morreu em sua casa, em Copacabana, no dia 20 de junho de 2008, aos 62 anos. Foi vítima de um câncer no fígado que descobriu tarde demais. Deixou nas crianças dos anos 70 e 80, hoje adultos na faixa dos trinta anos, a eterna lembrança do Visconde de Sabugosa, o sabugo de milho do Sítio do Picapau Amarelo, abandonado entre os livros de Dona Benta, que ganhou vida na imaginação de Narizinho como um homem culto e sensível.

domingo, 29 de agosto de 2010

Dica de Leitura - Pops; A vida de Louis Armstrong

Texto: Divulgação


Esta é a biografia definitiva de um gênio nascido na sarjeta que se tornou uma celebridade conhecida nos quatro cantos do mundo.

O biógrafo Teachout pesquisou e avaliou a vida e o trabalho de Armstrong como ninguém jamais o fez. Da infância pobre, do precoce interesse pela música, de sua vida em Nova Orleans até a mudança para Chicago, e muito além, o autor mergulha fundo na história desse ícone da música.

Tudo na medida exata. Palavras e sentimentos. Segredos e crueza. Síntese e exagero. A medida exata para alguém chamado Louis Armstrong.

POPS - A VIDA DE LOUIS ARMSTRONG
Terry Teachout
Larousse
512 páginas

Para mais informações clique na capa.


segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Nelson Rodrigues

Texto: Gustavo do Carmo

Nelson Falcão Rodrigues nasceu em Recife, no dia 23 de agosto de 1912. Seu pai, o jornalista e deputado-federal Mário Rodrigues veio para para o Rio de Janeiro, perseguido politicamente. Trouxe a famíiia, incluindo Nelson, aos quatro anos de idade. Na escola, o menino Nelson mostrou o estilo polêmico que marcaria sua carreira ao escrever uma redação sobre adultério. Foi premiado, mas sua professora inventou um empate no concurso para não ler sua redação despudorada em público.

Nos anos 20, seu pai fundou o jornal A Manhã e Nelson Rodrigues começaria a trabalhar como repórter policial apenas com 13 anos. Os crimes passionais o inspiraram em suas futuras crônicas trágicas. Em 1928, Seu Mário perdeu o controle acionário do A Manhã e abriu outro periódico: o A Crítica.

No ano seguinte, o jornal publicou uma reportagem sobre a separação de um casal figurão da sociedade. A mulher envolvida, utrajada pela exposição do seu nome, Sylvia Serafim, invadiu a redação do jornal com uma arma comprada naquele mesmo dia, querendo matar o repórter Orestes Barbosa. Mas acertou o cartunista Roberto Rodrigues, irmão de Nelson, que morreu dias depois. Nelson testemunhou o crime. A assassina foi absolvida com apoio dos sufragistas da Revolução de 30, que acabaram fechando A Crítica após a morte de Seu Mário, deprimido, meses depois da morte do filho.

A família de Nelson Rodrigues viveu uma breve fase de pobreza até Mário Filho (jornalista esportivo que viria a dar o seu nome para designar oficialmente o Maracanã) ser contratado pelo jornal O Globo. Ele indicou o irmão, que trabalhou de graça por alguns meses. Pouco depois de ser efetivado contraiu uma tuberculose que afetou toda sua família e lhe deixou sequelas na visão. Nelson passou um longo período em um sanatório em Campos do Jordão. Tudo pago por Roberto Marinho.

Voltou para O Globo na editoria de cultura e comentarista de ópera, o que lhe abriu portas para realizar um sonho: escrever e produzir uma peça de teatro. Produziu A Mulher sem Pecado (1941), que não fez muito sucesso. Mas foi Vestido de Noiva, dirigido por Ziembinski, que o consagrou como dramaturgo ao ser sucesso de público e crítica no Teatro Municipal do Rio de Janeiro e tornar-se marco inicial do teatro moderno brasileiro. Isso foi em 1943.

Na época já estava casado com Elza Bretanha, com quem teve os filhos Joffre Rodrigues e Nelson Rodrigues Filho. Joffre faleceu há cerca de duas semanas.

Outras peças de Nelson Rodrigues foram Álbum de Família, Anjo Negro, Senhora dos Afogados, Doroteia, Valsa nº 6, A Falecida, Perdoa-me por me traíres, Viúva, porém honesta, Os Sete Gatinhos, Boca de Ouro, O Beijo no Asfalto, Bonitinha, mas ordinária, Toda Nudez Será Castigada, Anti-Nelson Rodrigues e A Serpente.

Nelson Rodrigues escreveu também para o O Jornal, Última Hora, Jornal dos Sports e Manchete Sportiva. No primeiro, onde recebia sete vezes mais do que no O Globo, publicou em 1945 o folhetim Meu Destino é Pecar, com o heterônimo de Suzana Flag. Os 38 capítulos elevaram a tiragem para quase trinta mil exemplares.

Com o sucesso escreveu outro: Escravas do Amor. E depois uma "auto-biografia" da "autora": Minha Vida. E ainda Núpcias de Fogo. Para um semanário do grupo, o Flan, publicou A Mentira (1953). Chegou a adotar outro heterônimo: Myrna. No Última Hora (1951) escreveu a série de crônicas A Vida Como Ela É..., na qual denunciava a sordidez da sociedade, como ele dizia. E no Jornal dos Sports e Manchete Sportiva produzia crônicas sobre futebol, onde falava do Fluminense, seu clube de coração desde a infância. Para o jornal Correio da Manhã também escreveu crônicas. Foi o mesmo onde o seu pai trabalhou quando chegou ao Rio de Janeiro.

Nelson escreveu também o romance Asfalto Selvagem, que reunia os folhetins Engraçadinha - seus amores e seus pecados dos doze aos dezoito e Engraçadinha - depois dos 30. Foi debatedor esportivo e entrevistador na TV Globo.

As histórias de Nelson Rodrigues vinham não só da vida dos vizinhos. A sua própria servia de inspiração. Além da tragédia da morte do irmão e da tuberculose, a tal redação que chocou a professora quando ele tinha sete anos contava a história de um homem que flagrava a esposa nua com o amante no quarto, esfaqueava a mulher e ajoelhava pedindo perdão. Aos quatro anos foi flagrado em cima de uma vizinha de apenas 3 anos. Testemunhou várias brigas por ciúme dos pais. Teve três filhos com Yolanda, secretária da Rádio Mayrink Veiga, mesmo ainda casado com Elza. Com a segunda mulher, Lúcia, teve uma filha, Daniela, que nasceu com paralisia cerebral.

Após padecer durante mais de cinco anos de problemas cardíacos, Nelson Rodrigues morreu numa manhã de domingo do dia 21 de dezembro de 1980. À tarde, ele acertou os treze jogos da loteria esportiva.
Mais informações em www.releituras.com/nelsonr_bio.asp

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Dica de Leitura - 40 anos de Glória

Texto: Divulgação

Em “40 Anos de Gloria”, biografia autorizada de Gloria Pires, os autores Eduardo Nassife e Fábio Fabrício Fabretti contam a trajetória da atriz que começou a atuar diante das câmeras aos quatro anos de idade, em 1969.

Na obra, há detalhes da sua personalidade. Os relatos misturam a terceira pessoa com a primeira, ao enfatizar os acontecimentos de sua trajetória e visão de mundo.

O livro está em ordem cronológica, dividido em 25 capítulos, agrupando histórias sobre a gravidez de risco da mãe da atriz; o início precoce da carreira; a rejeição inicial de um poderoso diretor da TV Globo, o trabalho com o ator e pai Antonio Carlos Pires; as primeiras participações em programas humorísticos; as estreias nos papéis de repercussão, como Marisa em “Dancin Days” e Zuca em “Cabloca”; a convivência com os amigos mais velhos, como Lauro Corona e Daniel Filho; os nascimentos dos seus quatro filhos e a interrupção de três gestações.

O livro traz também curiosidades como o convite, feito pela revista Playboy, para Gloria Pires posar nua – logo recusado – as cirurgias dentárias; os problemas de saúde e as premiações recebidas.

“40 Anos de Gloria” contém uma centena de fotografias históricas, depoimentos de familiares, amigos e colegas de trabalho. A capa foi feita por Giovanni Bianco, o mesmo designer que assina os trabalhos de Madonna, com foto do renomado Marcelo Faustini, com quem Gloria fez um ensaio exclusivo para o livro, ao lado dos autores Eduardo Nassife e Fábio Fabrício Fabretti.

Focado na trajetória artística de Gloria, o livro narra a vida de uma menina que trocou a infância pelo trabalho - e não se arrependeu. De atriz rejeitada em um papel na novela "O Primeiro Amor", da TV Globo, ao tapete vermelho do Oscar, 25 anos depois, Gloria Pires provou que sua vitória é fruto de sua persistência. E isso se reflete nos papéis em que ela mais se desempenha: o de atriz, mãe, mulher, filha, mas acima de tudo, de cidadã.


40 ANOS DE GLÓRIA
Eduardo Nassife e Fábio Fabrício Fabretti
Geração Editorial
368 páginas

Para mais informações clique no link da capa.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Madonna

Por Gustavo do Carmo
Fonte: Wikipedia

Madonna Louise Veronica Ciccone nasceu em Bay City, condado do estado de Michigan, no dia 16 de agosto de 1958. Terceira filha (primeira mulher) de uma família de oito filhos de um descendente de italianos, Madonna era de classe média, mas sofreu uma educação rígida do pai, Sílvio "Tony" Ciccone, que apenas queria repetir a "boa" educação do pai italiano. Tony foi engenheiro da fabricante de veículos Chrysler, onde se aposentou-se em 1994.

Aos cinco anos, Madonna perdeu sua mãe, Madonna Louise Fortin, vítima de câncer de mama com apenas 30 anos. Seu pai casou-se com a empregada da família, Joan Gustavson e teve mais dois filhos. Madonna fez aulas de piano, mas convenceu o pai a fazer balé. Sua madrasta a matriculou numa escola católica, onde participava intensamente das atividades artísticas.

Inteligente, de QI de 140, ingressou fácil na faculdade de dança da Universidade de Michigan. Chegou a ser líder de torcida, ,as largou o curso e foi tentar a sorte em Nova Iorque, com o sonho de ser bailarina. Foi aí que a relação com o seu pai se azedou de vez.

Com dinnheiro cortado, Madonna precisou trabalhar e foi daí que ela se empregou como modelo vivo, ficando nua nas aulas de pintura. Acabou participando de uma banda de rock de vida curta com um namorado: a Breakfast Club, depois montou outra com o namorado: a Emmy, quando começa a compor. Sem dinheiro, trabalhou também como backing vocal de um cantor alemão ( Otto Von Wernherr). Enquanto isso, uma música gravada com o tal ex-namorado, Stephen Bray, chegou às mãos da gravadora Sire Records, que a ocntratou em 1982. Começava a carreira de Madonna.

O primeiro single Everybody também tinha a música Holiday. Em 1983 foi lançado o primeiro LP: Madonna, relançado no mundo em 1985 com o subtítulo The First Album. Começava o sucesso da cantora que se prolongou com Like a Virgin, Material Girl, Crazy for You, etc.

Madonna atuou como atriz em filmes como Procura Susan Desesperadamente, Who's that Girl, Dick Tracy, Corpo em Evidência, Evita, entre outros. No início dos anos 90 criou polêmica com o disco Erotica, o livro SEX e a música Justify My Love, incluída em uma coletânea anterior (Immaculate Colection). Aliás, já tinha criado polêmica nos anos oitenta com o Like a Prayer, quando exibiu várias cruzes se incendiando e seduzindo um negro vestida de freira.

Ainda na década de noventa, começou a se "endireitar": engravidou-se de sua filha Lourdes Maria, fruto de uma produção independente com o personal-trainer Carlos León. Anos anos depois casou-se com o cineasta inglês Guy Ritchie e se mudou para Londres. Converteu-se a Cabala. Teve o segundo filho, Rocco, e adotou mais duas crianças de países pobres: os malauianos David Banda e Mercy James.

Madonna também se envolveu com o DJ e modelo brasileiro Jesus Luz, 28 anos mais novo, que conheceu em sua segunda turnê no Brasil, em 2008. A primeira havia sido em 1993. No passado foi namorada do ator Sean Penn.

Madonna nunca deixou de ser polêmica e sensual. Mas amadureceu e não vive mais aquela fase pornográfica no início dos anos noventa.

Elvis Presley

Por Gustavo do Carmo
Com informações do Wikipedia


Elvis Aaron Presley nasceu na pequena cidade de Tupelo (então dividida ao leste), no estado norte-americano do Mississipi, no dia 8 de janeiro de 1935. Ele tinha um irmão gêmeo univitelino, Jesse Garon, que nasceu morto 35 minutos antes dele. Por isso, foi muito bem querido pelos pais, pois cresceu como filho único do casal Vernon Presley e Gladys Love.

Elvis foi muito bem educado em relação ao sexo, etnia (sua cidade vivia um conflito entre brancos e negros), sociedade e dinheiro, que, aliás, costumava faltar na sua família. Além da escassez econômica, sua família passou por duas turbulências: a primeira, um furacão que quase destruiu a modesta casa que o seu pai construíra especialmente para o seu nascimento. Elvis tinha pouco mais de um ano. Outro problema foi a prisão do senhor Vernon por estelionato, junto com seu tio materno. Seu pai ficou preso por cerca de quatro anos e Elvis e sua mãe foram despejados, indo morar com os avós.

Os pais de Elvis frequentavam a Assembleia de Deus e foi durante os cultos que o menino começou a gostar da música. Em 1945, participou de um concurso de novos talentos na Feira Mississipi-Alabama. Ficou em segundo lugar, mas ganhou 5 dólares e ingressos para todas as diversões. Cantou Old Shep, que retrata o desespero de um menino pela perda do seu cão.

Em 1948, mudou-se para Memphis, no estado do Tennessee, com a sua família. O dinheiro ainda faltava. Começou a trabalhar como lanterninha de cinema e motorista de caminhão. Concluiu seus estudos em 1953. Nas horas vagas, cantava e tocava o seu violão que ganhara do pai. Quando podia tocava piano, também. Entre este mesmo ano e 1954 gravou seu primeiro disco, iniciando a sua carreira profissional.

Numa dessas gravações no Memphis Recording Service, filial da Sun Records, descontraído, começou a cantar e dançar "That's All Right, Mama", empolgando o produtor Sam Phillips. Estava criado o rock and roll. Ritmo do qual se tornou Rei. Elvis cantou ainda "Blue Moon of Kentucky".

Vieram o lançamento do compacto com as duas músicas, a execução de ambas na rádio de Memphis, a primeira entrevista, o primeiro show na cidade e, finalmente, o sucesso nacional. Em 1956, Elvis tornou-se uma sensação internacional.

Em 1957 já provocava histeria nas fãs femininas. Já rico, comprou a mansão Graceland, em Memphis, na qual iria viver até a sua morte. Em 1958, entrou para o exército por convocação, mas acabou seguindo uma breve carreira militar até 1960, quando chegou a servir na Alemanha. Ainda em 58, sua mãe faleceu. No ano seguinte conheceu sua futura esposa Priscila Beaulieu, que na época tinha apenas 14 anos, com quem viria a se casar apenas em 1967, tendo com ela, a sua única filha, Lisa-Marie Presley, nascida no ano seguinte.

Elvis Presley também atuou no cinema. Fez filmes musicais, faroeste, de drama e de comédia como Flaming Star (1960), Wild in the Country (1961), Follow That Dream (1962), Kid Galahad (1962), Fun in Acapulco (1963), Viva Las Vegas (1964) e Roustabout (1964). O mais bem-sucedido deles foi Viva Las Vegas.

Dono de uma voz impressionante e uma forma de dançar ousada, que lhe valeu o apelido de Elvis, The Pelvis, Elvis Presley interpretou músicas como "Hound Dog", "Don't Be Cruel", "Love me Tender", "All Shook up", "Teddy Bear", "Jailhouse Rock", "It's Now Or Never", "Can´t Help Falling In Love", "Surrender", "Crying In The Chapel", "Mystery Train", "In The Ghetto", "Suspicious Minds", "Don't Cry Daddy", "The Wonder Of You", "An American Trilogy", "Burning Love", "My Boy" e "Moody Blue".

No dia 16 de agosto de 1977, viciado em medicamentos e bem acima do peso, Elvis Presley foi encontrado morto no banheiro de sua mansão Graceland. Sua despedida provocou comoção em todo o mundo, inclusive no Brasil. Milhares de fãs visitaram a entrada da mansão (que claro, não puderam passar da porta). Os telefones da cidade ficaram congestionados, a ponto da companhia telefônica local pedir para a população só usar o telefone em casos de emergência.

Apesar de ter sua melhor fase física e musical nas décadas de 50 e 60, a imagem de Elvis Presley está mais viva, curiosamente, nos últimos momentos de sua vida: gordo, cabelos compridos, costeletas e roupas chamativas dos anos 70, graças ao físico de seus inúmeros imitadores, inclusive os asiáticos, com seus olhos puxados.